sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Balanço da década

O título impressiona né? Mas esse post não será tão longo quanto se poderia supor.
Hoje fui fazer a já tradicional caminhada de fim de ano. Um passeio que faço para refletir sobre o ano que termina e sobre as perspectivas para o ano que começa.
2010 foi um ano muito bom para mim, sobretudo no trabalho e nos estudos. 2009 foi a faísca (eu ia escrever “start”, mas quero evitar os estrangeirismos) para tudo isso. Foi quando eu resolvi tomar um rumo diferente em minha vida e tracei um projeto ambicioso, que deve me levar de volta à Bahia daqui há alguns anos (tenho paciência para esperar).
Mas 2010 foi o ano da consolidação das novas atividades profissionais, como funcionário do povo do Estado de SP (não gosto de falar funcionário do governo porque o governo passa, o povo não) e como estudante de geografia da UNESP de Rio Claro.
Trabalhei muito, estudei muito. Cheguei a pensar, no segundo semestre, que não conseguiria passar em todas as disciplinas, mas consegui. Fechei o ano sem nenhuma “DP”.
Aproveitei que a tarde estava bonita e alonguei a caminhanda, fazendo também uma breve retrospectiva da década de 10 do século XXI (já pararam pra pensar que chegamos nesse ponto da história?). Fui até a praça na qual Eder e eu sentamos pra conversar sobre a viagem, na véspera da ida pra Salvador em 2000. De novembro de 2000 a junho de 2005 muitas aventuras e desventuras ocorreram lá na Bahia, tanto em Salvador quanto adjacências, e essas histórias estão reservadas para livro (ou livros) específico, podem aguardar. Mas o primeiro lustro (hehehe) da década de 10 foi de crescimento para mim, pois aprendi mais lá nesse período do que em Rio Claro até os 25 anos.
Ainda tentei outra experiência nordestina, indo trabalhar com Eder em agosto de 2007, em Recife, mas a experiência terminou após 9 meses, “empatada”, ou seja, sem prejuízos mas também sem lucros.
Foi no segundo semestre de 2008 que tomei a decisão de mudar tudo: de ramo de trabalho, de atitudes para com a vida e as pessoas, e até de nível de conhecimento, pois, para chegar aonde eu queria, só seria possível estudando muito. Prestei dois concursos, passei em um, o que era justamente mais vantajoso (e mais difícil). Enquanto aguardava ser chamado no serviço público, fiquei trabalhando na Whirlpool até 4 de maio de 2009. Em 6 de maio, dois dias depois da demissão, escolhi a escola onde iria tomar posse do cargo de secretário (pra quem não sabe, tomar posse é o termo correto mesmo).
Quando comecei a trabalhar na E.E. “Prof. Nelson Stroili”, me animei para voltar aos estudos e tentar o vestibular na UNESP. Fiz o cursinho comunitário gratuito oferecido pela Universidade aqui e, mesmo prejudicado por 15 dias sem aulas devido à gripe suína, fiquei até o último dia (só saí quando apagaram as luzes), prestei o vestibular e ainda tive a felicidade de ser aprovado em 5º lugar no curso de Geografia daqui. Para quem estava fora dos bancos escolares havia 15 anos, foi uma surpresa muito grande.
Agora estou aqui, concluindo este post, tomando “nescafé” frio (ele estava quente há 1 hora, quando comecei a tomar) e me preparando pra sair e comemorar o final de 2010 e a chegada de 2011. Passarei o réveillon entre amigos.
Se posso dar algumas “dicas” (conselho é muita pretensão), recomendo para todos: trace seu(s) objetivo(s) com clareza e persiga-o com todas as forças; mantenha o “foco” no objetivo, não se desvie do caminho; mantenha acesa a chama da motivação e, sempre que o cansaço “bater”, lembre-se de onde você está e aonde você quer chegar.
No meu caso, tenho repetido sempre que me perguntam se não penso em desistir: cada dia que passa, a Bahia fica mais perto. Acho que é isso aí.
FELIZ 2011!