sexta-feira, 30 de maio de 2008

Caminhar para esquentar

Friozinho gostoso por estas bandas.

A idéia do sorvete “miou”, mas a queda de temperatura abriu espaço para vinhos, sopas, chocolates quentes e outras delícias para se saborear abaixo de 18 graus ambiente.
Hoje mandei flores para alguém muito especial. Espero que ela tenha gostado.

Episódio pitoresco na sapataria:
- Olá, eu quero um par de tênis com bom sistema de amortecimento porque pratico caminhada todos os dias.
- Pois não, senhor. Temos este modelo com sistema “soft plop” integrado à sola e design diferenciado.
- Esse eu já conheço e não gosto. O último que tive fez um buraco na contra-sola, exatamente no formato do amortecedor. Parece que o fabricante está economizando nos materiais.
- Certo, senhor, então temos este outro, com sistema “pump blob”, muito leve e que manda a energia do impacto de volta para o calcanhar, proporcionando um impulso extra na caminhada.
- Tive um desses também, mas esse material do solado gasta rápido demais. Ele é confortável, mas não dura muito. Tanto que reclamei com o fabricante e me mandaram outro no lugar.
- Que tal este outro, com duplo sistema “bomb trotter”, que estabiliza a pisada e previne lesões nas articulações?
- Deixa ver. Hum, acho que não, essa parte de silicone no solado não vai agüentar as calçadas esburacadas daqui, muito menos as pedras. É tênis para caminhar em esteira de academia. Mas é bonito.
- Entendo senhor. O senhor quer dar uma olhada nas vitrines, para ver se encontra um modelo que lhe agrade?
- Olhe, faça assim: me traga algumas opções tamanho 44 que você tenha aí, na faixa de preço “x”, pode ser?
- Só um instante, senhor.
Dez minutos depois...
- Senhor, encontrei esses três modelos. Infelizmente o tamanho 44 está em falta na maioria dos modelos.
Depois de uns cinco minutos de provas e indecisões, optei por um modelo discreto, leve e que pareceu bem macio para caminhar.
- Mais alguma coisa, senhor?
- Não, por hoje é só, obrigado.
- Eu que agradeço. É só passar no caixa, tenha um bom dia.
- Pra você também, e bom trabalho.

Amanhã vou testar os tênis novos. O que mais me surpreendeu não foram os preços, nem a falta de opções tamanho grande, mas o fato da maioria dos modelos terem um design que parecia ser projetado para caminhar na lua. Os adolescentes e os amigos do alheio adoram.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Voltando à normalidade

Saudações chuvosas a todos!

Pois é, depois de semanas com sol e um calor atípico para esta época do ano, eis que vem a chuva hoje e alivia a secura do ar. Minha rinite agradece, a casa da minha amiga Jesiane não. Anteontem os pedreiros começaram o processo de troca do telhado e justamente hoje a casa está a céu aberto. Ah! Se houvesse um PROCON celestial... São Pedro estaria em maus lençóis.

Mudando de assunto, percebi que, entra ano, sai ano, não importa quanto tempo eu fique longe de Rio Claro; quando volto a constatação é a mesma: faltam opções de lazer, sobretudo noturno, por aqui. São poucos barzinhos legais onde se pode ir para bater um papo e relaxar, sozinho ou acompanhado. Botecos há aos montes e restaurantes há um bom número, mas a cidade é carente de barzinhos há décadas.

Para que não digam por aí que só reclamo das coisas, eis alguns pontos positivos que já percebi durante minhas caminhadas diárias: conheci uma nova sorveteria muito boa, chamada “Zero Grau” (a promoção do “copão” vale à pena conferir); algumas das principais ruas e avenidas estão com asfalto novo (até que enfim!); a padaria que fica na esquina da Rua 3 com Avenida 10 foi reformada e agora serve o café expresso mais caprichado da cidade (só R$1,50). Não estou lembrando de outras coisas relevantes, mas assim que vir outras ou me lembrar escreverei aqui. Nesta época o que mais se vê são promessas de melhorias e benefícios por parte dos pré-candidatos, mas as promessas não se enquadram na categoria das coisas concretas, só esperando para ver o que se tornará realidade.

Não vou me envolver com política por aqui, aliás, meu título de eleitor está registrado em Salvador/BA ainda. Como não sei quanto tempo vou ficar, deixo o título por lá mesmo. Quando me abordam na rua com essas conversas de candidato eu logo aviso que não voto aqui. É uma maravilha porque o curioso vai embora rapidinho. No entanto posso exigir meus direitos de cidadão em qualquer lugar, pois os impostos não deixo de pagar, estando aqui, na Bahia, em Pernambuco ou qualquer outra parte d Brasil.

Este post está ficando muito “cabeça”, vou parando por aqui.Nos próximos quero retomar as crônicas sobre o lado pitoresco do cotidiano. Quem quiser ler textos densos e politizados que procure no site da Gazeta mercantil, no Observatório da Imprensa e nos fóruns sobre filosofia.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Pequeno balanço dos últimos dias

Desta vez usei a massa encefálica, caros amigos. Se o Blogger apagar o post é só colar de novo, até vencer pelo cansaço. Mas vamos às novidades.

Logo que cheguei em Rio Claro, dia 8 de maio, resolvi tirar umas férias dos computadores e acabei pegando dois livros muito bons para distrair a cabeça da informática: “Corações Sujos”, de Fernando Morais e “Ayrton, o herói revelado”, de Sérgio Rodrigues. O primeiro é mais denso, trata de uma sociedade japonesa que atuou no final da segunda guerra mundial, no Estado de São Paulo, tentando convencer os membros da colônia japonesa que o Japão havia vencido a guerra. Para quem gosta de biografias e obras baseadas em episódios históricos como eu é um prato cheio. O segundo livro esmiúça a vida do grande Ayrton Senna, desde a infância até alguns anos após sua morte em 1994. Foi tão bom que eu só parava de ler quando meus olhos já estavam ardendo.

Depois desse “relax” literário, parti para a retomada das matérias do ensino médio, sobretudo matemática e português, porque dia 8 de junho vou fazer a prova do concurso público para o DAAE aqui de Rio Claro. Não é fácil rever a matemática, depois de ficar quatorze anos longe dos bancos escolares, mas até que não está sendo tão ruim como eu imaginava.
Tenho mais coisas pra contar, mas vão ficar para o próximo post. Não posso abusar da boa vontade dos amigos aqui da Bruene Informática.

Até mais.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Sinal de vida

Eu tinha acabado de escrever um post legal, caprichado, contando porque da ausência de mais de 20 dias por aqui.
Mas essa droga de sistema do blog apagou tudo assim que selecionei o texto para formatar. Estou tão irritado que não consigo escrever mais nada hoje.
Na próxima vez vou fazer o rascunho no Word e depois colo aqui.
Que vontade de xingar.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Pausa

Amigos e leitores, esta semana estou em trânsito, por isso só postarei crônica nova daqui a alguns dias. Mas eu volto, aguardem.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Vendendo e carregando

Hoje não ia ter post. Por conta de alguns compromissos e preocupações, eu não estava conseguindo pensar em nada especial para escrever. Mas mudei de idéia. Só o trabalho que estou tendo para vender meu microondas já vale algumas linhas escritas.
Coloquei anúncio no Jornal do Comércio de Recife, para sair no domingo passado. O anúncio foi publicado no jornal impresso na seção de eletrodomésticos, como eu havia contratado, mas na versão online saiu na seção de imóveis. Infelizmente não deu retorno. Ah, além de não dar retorno foi caro, R$8,64 por um anúncio simples de duas linhas. O anúncio mais caro que já paguei em jornal até hoje.
Já diziam os mais velhos e a sabedoria popular repete: o que funciona é o anúncio boca-a-boca. Tive mais retorno dos amigos que espalharam a notícia da venda do que do famoso jornal pernambucano. Mas ataquei também em outra frente, a “onipresente” internet.
Coloquei anúncio no Mercado Livre e em quatro dias já houve cem visualizações, com três compradores interessados. Quase fechei negócio com um, mas acabamos nos desencontrando por causa de horários. O importante é que o microondas está praticamente vendido, se não para o interessado 1, para o 2, o 3 ou o 4.
De agora em diante chega de anúncios em jornal. Acho que só vale a pena se for algo mais segmentado, como anunciar um carro, um imóvel ou um barco. Vender aparelhos e miudezas tem que ser pela internet e no boca-a-boca com os conhecidos.
Acho que vale a pena comentar outro episódio pitoresco, acontecido esta semana. Preciso devolver alguns móveis que um amigo me emprestou e fui atrás de alguém que fizesse carreto. Minha idéia era encontrar uma Kombi, já que não seria muita coisa a transportar. Perto de casa tem uma banca de jornal e fui até lá perguntar se o dono conhecia alguém para indicar. Apontou uma casa no meio do quarteirão, com um caminhão Mercedes parado em frente, desses de caçamba de madeira, clássico. Disse a ela que era exagero alugar um caminhão, pois o que eu queria transportar cabia numa Kombi e sobrava muito espaço. Além disso, o preço seria caro, com certeza. Como ele insistiu, pensei que não custava nada ir lá perguntar.
Fui até a casa, toquei a campainha e um homem de mais ou menos quarenta anos atendeu. Acho que interrompi a happy hour dele, pois estava com um copo de cerveja na mão.
- Há, com licença, amigo. O rapaz da banca de jornal me disse que o senhor faz carreto. Eu preciso transportar alguns móveis até próximo o terminal de ônibus lá em Massangana. Mas esse caminhão é um exagero para o que eu preciso, o senhor tem uma caminhonete ou uma perua?
- Oi, peraí. Marquinho! – chamou lá para dentro e um rapaz que parecia ser seu filho apareceu.
- Pois não, amigo.
- O caminhão é dele, fale com ele aqui – disse o mais velho.
- Oi Marcos, é o seguinte, preciso levar alguns móveis até próximo do terminal de ônibus, lá em Massangana. Você tem uma caminhonete ou Kombi? Esse caminhão é exagero pra levar tão pouca coisa.
- Mas a gente faz, não tem problema. Inclusive o caminhão é mais barato que uma perua, porque o diesel custa menos.
- Certo, e quanto fica uma viagem até lá?
- Deixa ver, é perto lá do terminal né? Dá pra fazer por cem reais.
- Vixe, sem condições. Eu posso gastar no máximo trinta com esse transporte. Acho que vou procurar uma perua mais ali pra frente.
- lha, dá pra fazer por sessenta, o que você acha?
Nisso o mais velho, que era irmão do Marcos, interrompe e diz:
- Veja, você vai precisar de um motorista e dois ajudantes. A gente faz o seguinte, você dá cento e cinqüenta e fica sossegado, não precisa carregar nada.
- Oxi! Eu acabei de dizer que podia gastar no máximo trinta com o transporte, amigo. Cento e cinqüenta nem em sonho. Nem cem nem sessenta. Eu sabia que o caminhão não daria certo. É muita coisa pra o que eu preciso.
Depois de mais algumas negociações, o mais velho falou:
- Trinta e cinco pra fechar! Em nome de Jesus! Nem eu perco nem você perde.
Foi a deixa para acender a luz de alerta na minha cabeça. Imaginem um cara que começa pedindo cem, baixa pra sessenta, sobre pra cento e cinqüenta e acaba “deixando” por trinta e cinco. Percebi que não seria bom negócio e tratei de sair dali o quanto antes.
Três quarteirões adiante encontrei um senhor, seu “Zé da Kombi”. Fechamos em vinte e cinco reais. Agora é só esperar o domingo para fazer o transporte.
Bem pitoresco, não acharam?