Escrevi o texto abaixo como resposta num fórum sobre motivação, que faz parte de um curso que estou participando, como secretário de escola (pela FUNDAP). Achei interessante compartilhar por aqui também.
Uma das tônicas deste tema sobre motivação é: “ninguém motiva ninguém”. Pude comprovar a veracidade dessa frase em muitas ocasiões. Faz algum tempo que escrevi em meu perfil no orkut uma frase parecida (que mantenho ainda por lá): é pelo incômodo que avançamos e é pelo desejo que aprendemos.
Quando decidi voltar a estudar, após 15 anos da conclusão do ensino médio (na época chamávamos de colegial), estava em uma fase ruim, havia tido uma experiência frustrada trabalhando fora, além de ter consumido nessa tentativa quase todos os meus recursos. Me lembrei então de um pequeno conto: o superior de um mosteiro tinha saído em viagem e deixara o prédio sob a responsabilidade dos monges; certa noite, um incêndio começou e destruiu tudo, só dando tempo aos monges de salvarem suas vidas; quando o abade retornou, encontrou-os abatidos e tristes, pois diziam não ter conseguido cuidar da casa, perdendo o pouco que tinham para viver; disse-lhes então o abade: “não entendo essa tristeza, pois vejo diante de mim homens com um novo futuro por construir, pois perderam tudo e agora tem a chance de recomeçar, melhor do que antes”.
Com esses princípios em mente, retomei os estudos, fiz um cursinho comunitário oferecido pela UNESP de Rio Claro, estudei com afinco durante 6 meses e consegui passar co uma boa colocação no vestibular. Hoje estou no segundo ano de licenciatura em Geografia. As coisas começaram a dar certo quando tracei objetivos claros e mantive o foco neles. A motivação veio da vontade de mudança, de imaginar que, quando conseguir atingir os objetivos maiores, todos os esforços valerão a pena.
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